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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Fome oculta

Vejam que interessante esse texto encaminhado pela Pfizer. A deficiência de micronutrientes é um fator determinante e agravante para o estado nutricional e a qualidade de vida do paciente. Mesmo com um consumo adequado de calorias não fica anulada a possibilidade de ocorrência da deficiência de micronutrientes. Quando esta deficiência se estabelece subclinicamente, manifesta-se o fenômeno fome oculta. Segundo estimativa mundial do The Micronutrient Iniciative, cerca de dois bilhões de pessoas sofrem de fome oculta no Mundo. Os sintomas da fome oculta1 podem passar despercebidos, mas atingem o indivíduo independente do seu estado nutricional. Atualmente é objeto de diversos estudos principalmente em indivíduos obesos, revelando um paradoxo. Um alto percentual de deficiência de vitamina C e B2, baixa biodisponibilidade da vitamina D, baixos níveis séricos de vitaminas A, C e E e ácido fólico foram encontrados em indivíduos com sobrepeso e obesidade comparados com os não-obesos. Alguns estudos mostram que o baixo consumo de cálcio está inversamente associado com o peso corporal e a adiposidade. Um estudo de coorte com 15.655 indivíduos mostrou que homens e mulheres que tinham um alto consumo de multivitamínicos, vitamina B6, vitamina B12 e cromo ganharam menos peso do que aqueles que não tinham consumido estes suplementos por 8 a 14 anos. Singh e col demonstraram que a deficiência de vitaminas C e E é um fator de risco para maior porcentagem de gordura corporal e obesidade central em homens indianos. O envolvimento das vitaminas e minerais nas reservas de energia corporal ainda não está esclarecido. Uma possível hipótese é a influência dos nutrientes no controle da ingestão alimentar através de seus papéis na síntese de neurotransmissores e regulação no sistema nervoso central. As vitaminas C e B6, por exemplo, estão envolvidas na hidroxilação e descarboxilação do triptofano para a síntese de serotonina, conhecida por controlar a ingestão de alimentos através das vias de melanocortina. A vitamina B6, por sua vez, quando em baixa concentração diminui a síntese de serotonina no cérebro resultando em um aumento do apetite e, presumivelmente, um aumento no consumo de alimentos e na obtenção de energia extra. Por outro lado, o papel de micronutrientes como cofatores enzimáticos necessários para a transformação de energia dentro das células sugere que elas também podem influenciar a regulação de gasto de energia. No que diz respeito ao peso corporal, o alto nível sérico de ácido fólico foi considerado um significativo preditor de perda de peso em pacientes obesos mórbidos. Estudo realizado com 267 homens e 320 mulheres revelou que os homens que tomavam suplementos vitamínicos regularmente tinham menor peso corporal comparado aos que não tomavam e as mulheres tinham uma significativa redução do apetite após perda de peso comparado ao grupo de mulheres suplementadas com placebo. O efeito da suplementação de vitamina C e cromo na oxidação lipídica e na perda da massa gorda têm sido verificados em estudos observacionais. Os estudos acima sugerem que a suplementação vitamínica pode ser uma estratégia eficaz no controle de peso e no aporte adequado de vitaminas e minerais para o sucesso no manejo do paciente obeso. Muito importante também, ao meu ver, que é preciso reforçar a orientação de que as pessoas precisam consumir uma alimentação que ofereça verduras, legumes, frutas, cereais, leite e derivados como iogurte ou queijo magros, feijões, carnes magras diariamente!

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